Para comemorar o Natal, compartilho com vocês um texto inédito que foi publicado em uma revista de circulação local em uma parte do país. Presente de Papai Noel. Ele é incomum, longo, mas é da Rainha de Copas.
Enfim, Feliz Natal! __________________________________________________________________ Enquanto todos esperam o Papai Noel, eu espero você. Porque realmente os meus dias do ano estão acabando e você, que foi o primeiro presente que eu pedi pro bom velhinho ano passado, ainda não chegou. E, com medo de ser pretexto pra sua não chegada, eu não desmontei a árvore do ultimo natal: ela ainda está lá, desde o dezembro passado à espera do meu presente mais importante. É que eu vivi em natais e viradas de ano passados um sentimento estranho de completa ausência, como quem carrega consigo uma cadeira vazia a tiracolo que sempre está prestes a se ocupar pela pessoa mais importante da minha vida: você. Entre o dia 25 e o 31 festeiro, durante todos esses dezembros, eu só esperei e percebi que mesmo sendo esse mês maravilhoso, cheio do tal sentimento de solidariedade, de alegria, de vontade de ajudar o próximo e uma espiritualidade elevada, o último pedacinho do ano pra mim sempre se traduz em sonhar. É impossível imaginar meus próximos doze meses sonhando diariamente com você, chega a ser quase doloroso. É como sentir o gosto de um doce que eu ainda não provei. Então, eu espero, sinceramente, que Noel lembre-se da boa mocinha que eu fui esse ano e em todos (ou quase) os outros e não se esqueça de te colocar dentro daquele saco enorme que eu, sinceramente, não sei como ele consegue carregar no trenó. Mas, a grande verdade nisso tudo, é que pior que imaginar meu próximo ano sem meus dias acompanhados dos sorrisos teus, mais angustiante é pensar no ultimo dia deste. É como se quisesse começar o ano com beijos, abraços e esperança renovada. Como se quisesse que esse ano que precisa, de fato, ser novo não tivesse um minuto sequer que me lembrasse qualquer dos minutos de espera de outros anos, outros dezembros, outros natais. Porque, no fim das contas, eu já teria encontrado a única parte de mim que me faltava. Então, não demore, não venha a pé, não descanse: me encontre. Peça ao cara de barba branca todas as referências das quais você possa precisar pra chegar na minha casa, no meu trabalho, na minha balada sem graça, na minha vida. Porque há muitos natais eu espero por você. E, tomara, esse seja o último. Que você me ajude a levar a cadeira que sempre foi sua e com a outra mão, você segure a minha, pra que eu volte a acreditar em sonhos reais novamente. Saudações!
Decretado pela Rainha de Copas às 10:02
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