É hora.
25.9.07
Talvez a grande verdade e certeza que insista em se mostrar no meio desse cinza dos últimos dias seja mesmo essa dúvida que não se vai, nem se revela, nem nada. Talvez o que eu ainda não tenha entendido é que compreender o que se passa nunca foi realmente o meu forte e decidir, igualmente, não tem sido minha prática mais constante. E, no fim das contas, eu nem sei direito dizer quem eu sou ou o que está por vir, por isso tanta mudança, tantas coisas fora do lugar e, ao mesmo tempo, tudo do mesmo jeito. E a verdade, a certeza, o cinza, a decisão, o que eu sou ou qualquer coisa que não está assim colorida e clara aqui dentro, nem tem tanta pressa assim de ser desenhada. Deixa pra depois. Por enquanto, eu vou vivendo, vou indo, vou ficando. E mudando. Talvez. Ou não. Já é hora de tocar a vida... Saudações!
Decretado pela Rainha de Copas às 00:45
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Saudade.
15.9.07
Eu não consigo entender realmente porque você tem que ficar aí e eu aqui, já que nós fomos feitos um pro outro e isso é fato desde a primeira vez que você me chamou de beibe, de meu bem, de futura esposa, de minha linda e todos os adjetivos piegas que eu adoro, mas não demonstro tanto. Eu não consigo entender porque você às vezes insiste nesses milhares de quilômetros que eu aprendi a contar ainda no primário, mas hoje eu faço questão de nem lembrar mais. Nem sei pra que tentar explicar que é assim mesmo e que “um dia, quem sabe”. Eu não consigo muito menos compreender o pra quê, por quê, quando ou qualquer pronome interrogativo que eu nem queria que existisse na minha gramática. Porque eu não sei mais sentir saudade. Só sinto essa vontade incontrolável que ela saia correndo pela janela e você entrando pela porta. E na hora de encontrar a solução, eu só quero mesmo é jogar fora a interrogação, os pronomes, os números, os quilômetros e a distancia. E ficar só com você. Da forma sempre piegas que eu tive desse gostar. Saudações!
Decretado pela Rainha de Copas às 13:03
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Metade.
13.9.07
Eu sou metade. Metade da mulher que eu gostaria que eu fosse metade dos sorrisos que eu queria saber brilhar, metade do caminho que eu pensei em trilhar, metade do carisma que gostaria de ter, metade da vontade que eu pensei que teria, metade da alegria que eu pensei que viveria, metade do amor que eu pensei que sentia, metade do carinho que eu pensei que receberia, metade do futuro que eu pensei que escreveria. Eu sou metade de tudo que eu pensei que seria. Porque ser inteiro ocupa espaço demais e nunca aprendi a ser nada. Então, sou metade. E uma metade feliz em assim ser. Saudações!
Decretado pela Rainha de Copas às 13:05
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Dona.
10.9.07
No fim das contas, eu não sou dona de nada. Nem dona do meu destino, nem do meu caminho. Nem do meu ar, nem do brilho que eu teimo em carregar no olhar. Nem dona da cor, nem do cinza, nem de nada. Nem do que é, nem do que passou ou do que virá. Nem dona das palavras, nem dos sentimentos. Nem dos momentos, nem dos meus medos. Nem dona do que eu penso que é meu, nem do que eu quero ganhar um dia. Nem do chão onde eu piso, nem dos pensamentos que já me fugiram e não voltam jamais. Nem dona da minha imagem, nem do que o espelho teima em refletir. Eu não sou dona de nada. Mas no fim das contas o que é meu sou eu e o sorriso que eu não levo guardado, levo estampado, como uma bandeira que eu faço questão de mostrar não sei nem porquê. Saudações!
Decretado pela Rainha de Copas às 17:16
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Música.
5.9.07
Eu quero pra mim alguém que toque com a alma qualquer instrumento só pra me fazer feliz. Alguém que mesmo sem afinar as cordas vazias de um velho violão, queira ver um sorriso meu ao brincar de fazer surgir música do improvável. Alguém que não tenha tanto fôlego, mas ao encontrar uma gaita, sopre levemente só pra ver que o som que se cria gera também brilho no olhar. Alguém que toque, nem que seja só a minha alma... Simplesmente pra mostrar que música se faz com sorrisos, companheirismo, momentos únicos e uma pitada de notas que ainda nem foram inventadas ainda. Saudações!
Decretado pela Rainha de Copas às 04:41
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"Tenho tudo planejado pra te impressionar..."
2.9.07
Eu ficava imaginando como seria a minha vida quando finalmente eu te encontrasse. Ficava fazendo planos mirabolantes. Me olhava no espelho fazendo caras e bocas tentando descobrir qual sorriso você iria gostar mais. Fazia dietas pra emagrecer míseras gramas pra que você notasse o meu esforço. E traçava todo um plano de estratégias para conseguir encurralar você e a única saída que te restasse fosse me amar. Mas o que eu nem sabia era que o meu melhor sorriso, as míseras gramas e todo o estratagema criado de nada adiantou porque quando meus olhos fita os seus, o ritmo dentro do meu peito acelera e não consigo mais controlar nem sequer a ínfima ilusão de que eu domino os segundos entre o meu piscar de olhos e a próxima batida do meu coração. Já era. Eu me rendi. Saudações!
Decretado pela Rainha de Copas às 16:45
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